sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Escrava '

Tenho no meu pescoço as argolas da minha vida, para me manter presa, ereta, nos meus dedos trago o anel de escravidão, na minha decadente demência saio a procura do choro embora desejo o doce, meu paladar o amargo, eu aguardo o bem pelos meus labores árduos mais a vida me joga prantos, lembranças que quero esquecer. A vida me consome o ventre com o fogo, sou cativa, sou escrava do caminhar e do brincar nas brasas, me sentia viva, vibrante, mais quando acordo, as manhãs me fazem cativa, esqueço os sonhos, sou concha valiosa que meu amo não compra, mais continuo escrava. Não tenho pão, o mel cristalizou, meus desejos estão sem engodos, meu cérebro me ludibria. E como balança fraudulenta prestes a me roubar, pesa meus erros com pesos premeditados, me vinga com lembranças esquecidas, e em lágrima pago o alto preço, não sou dona do meu litígio pois estão selados, ouço a voz do cativeiro liberto do coração e como humilde escrava rogo que se faça uso das leis de um bom escravo, não tenho privilégios, mais preciso me acostumar a viver escrava. Será? então não me julgues por amar o seol, me tires as correntes e me faça sua escrava para sempre, meu Amo da vida.






Por:Dora Padã
data:10/07/08

2 comentários:

  1. Escrava do Amo da vida !!!pra sempre
    Sim liberdade! Sim privilégio!

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  2. Escrava...porém ao mesmo tempo "Senhora" no que diz respeito a sabiamente se permitir conduzir para a verdadeira liberdade e vida!! Minha sábia senhora!! Amo aprender com você!! *.*

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