sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Choro e Chuva'

Até onde consigo chegar? A neve cai diante de mim, mas meu coração está congelado, tapo meus ouvidos, para que eu não ouça sentenças contra mim, Odeio vereditos... Suborno meus olhos para não velos infelizes, tento me esconder atrás da cortina da abstinência de reviver minhas carências. Meus olhos estão de vigília, lacro meus finos lábios sem cor, da qual meus sorriso escôo, dentro do meu trincado cântaro, estou frágil como um vidro invisível, então choro, choro de novo como em chuvadas de inverno, em Padã-Harã, faço meus olhos se transformarem em nuvens de aguaceiros, e minha fragilidade se levanta em um despertar, majestosa chuva, como filetes de cristais, que renovam o meu expirar, chuva que me recorda a terra, e que me faz semear a ceiva da vida, e sei que vai chover até que eu encontre o prazer de brotar, me tornar árvore, produzir flores, sentir o cheiro acre-doce, dos frutos amadurecidos... Pelo sol. Porque a chuva gentil deu lugar ao sol, permitindo reflorescer, deixando um rastro de renovação, onde tudo que quase foi decepado pela seca da minha ingratidão, brote jubilante, para alimentar mais vidas, o ramo novo e verde levou a fraude, dos meus olhos, dos meus pés, meus lábios são tocados pelo meu antigo sorriso, meus dedos ditam canções, meu coração grita como um a fonte de água, para meu corpo molhado poder dançar, a dança do sol, a dança da vida.




Por:Dora Padã
Data:10/11/08

4 comentários:

  1. minha prima você tem expressado belamente em textos sua vivência e tbm caracteristicas de seu ser, muito bem escritos, você é minha best seller. te amo minha poetisa,cronista, escritora, e gatona!!!

    ResponderExcluir
  2. Choro e Chuva,
    para um 'brotar jubiloso', um 'dançar da vida'

    ResponderExcluir
  3. lacro meus lábios, do qual meu sorriso escôou, ' de belamente intenso, e verdadeiro.

    ResponderExcluir